segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Bênção com as relíquias de São Francisco Xavier



Em 1614, após 62 anos de sua morte, o braço direito do jesuíta São Francisco Xavier, responsável por centenas e milhares de batismos e curas, foi separado do corpo e enviado para a igreja dos Jesuítas em Roma. Era necessário ter uma prova física de que o corpo não estava se deteriorando, pois faria parte de seu processo de beatificação. Atendeu-se ao pedido do Geral da Companhia de Jesus, jesuíta Claudio Acquaviva.
Na ocasião da separação, escorreu sangue vivo e fluído. Posteriormente, o úmero (osso longo do braço superior) foi separado e enviado para a Igreja de São Francisco Xavier em Coloane e daí para a Igreja de São José em Macau, onde se encontra em exposição até hoje.
Outras relíquias foram distribuídas e podem ser encontradas no Japão e cidades de Macau, Cochim e Rio de Janeiro. Órgãos internos contidos em relicários, foram distribuídos e doados a diferentes Igrejas em outros países.  A cada 10 anos, o corpo incorrupto do santo é exposto durante 40 dias. A última vez ocorreu em 2014 no período entre 22 de novembro e 4 de janeiro, quando dois milhões de devotos visitaram-no.  Foi a 17ª vez que a exposição ocorreu. Presume-se que a próxima ocorrerá em 2024, porém levando em conta que 400 anos de canonização ocorrerá em 2022, é possível que haja nova exposição.
Mais recentemente, o arcebispo de Ottawa, Canadá (D. Terrence Prendesgast) fez um apelo a Roma e parte do braço direito contido em um estojo de ouro com vidro de segurança, encerrado em uma mala especial com espuma e acrílico foi enviado ao Canada. Atualmente, está em peregrinação por 14 cidades de população católica, devendo retornar a Roma após 40 dias. Nesta viagem, a primeira realizada fora do continente europeu, a relíquia foi acompanhada do padre Francis Kolarcik, Reitor do Instituto Pontifício em Roma.  A relíquia viajou como um ser vivo, acomodada em poltrona da primeira classe em avião da Air Canadá, e está sendo exposta, devendo retornar a Roma logo após 2 de fevereiro. Há notícias que curas e milagres tem ocorrido nas cidades por onde tem passado.
Em 1952, a comunidade católica de Malaca decidiu doar uma estátua em mármore na frente da igreja Madre de Deus, comemorando a passagem de 400 anos do jesuíta por lá. Hoje, ao observar o monumento, verifica-se a falta de parte do braço direito do santo. Eis a razão:
A escultura de São Francisco Xavier foi instalada no local, quando no dia seguinte, ocorreu um forte temporal, provocando a queda de uma pesada árvore sobre ela, arrancando, parcialmente, o braço direito e assim foi deixado até hoje. Possivelmente, uma prova que o céu desejava chamar atenção para seu corpo sepultado onde o santo se encontra sem o braço direito.
Nossa paróquia possui um fragmento ósseo do referido braço que é exibido, mensalmente, todo dia 3 (três) de cada mês na Missa aos enfermos e idosos, quando é realizada a benção com a relíquia mencionada.
Colaboração: Ubirajara de Carvalho (Membro do Apostolado da Oração).

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